FESTA
JUNINA: FOLCLORE OU RELIGIÃO?
Depois do carnaval, o
evento mais esperado do calendário brasileiro são as festas juninas, que animam
todo o mês de junho até meados de julho com muita música caipira, quadrilhas,
comidas e bebidas típicas em homenagem aos santos Antônio, João e
Pedro.
Naturalmente as
festas juninas fazem parte das manifestações populares mais praticadas no
Brasil.
Seria a festa junina
folclore ou religião?
Até onde podemos distinguir
entre ambos? Neste estudo vamos refutar tais práticas com o que diz a
Bíblia.
ORIGEM
A palavra folclore é
formada dos termos ingleses folk (gente) e lore (sabedoria popular ou tradição) e significa
“o conjunto das tradições,
conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções;
ou estudos e conhecimento das tradições de um povo, expressas em suas lendas,
crenças, canções e costumes”.
Se pesquisarmos a
origem da Festa, perceberemos que ela remonta a um tempo muito antigo, anterior
ao surgimento da era cristã. De acordo com o livro O Ramo de Ouro, de James George Frazer, o mês de junho,
no Hemisfério Norte, era a época do ano em que diversos povos faziam rituais de
invocação de fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, promover a
fartura nas colheitas e trazer chuvas.
Estes rituais de
fertilidade perduraram através dos tempos. Já na era cristã,
mesmo que fossem
considerados pagãos, não era mais possível acabar com eles. Segundo Frazer, é
por esse motivo que a igreja católica, ao invés de condená-los, adaptou às
comemorações do dia de são João, que teria nascido em 24 de junho.
Quando os portugueses
iniciaram o empreendimento colonial no Brasil, a partir de 1500, as festas de
são João eram ainda o centro das comemorações de junho. Alguns cronistas contam
que os jesuítas acendiam fogueiras e tochas em junho, provocando grande atração
sobre os indígenas, que participavam também das danças, cantos, rezas e muita
fartura de comida.
Durante as festas,
agradeciam a abundância, reverenciavam as divindades aliadas e rezavam forte
para os espíritos malignos não impedirem a fertilidade.
Hoje, as festas
juninas possuem cor local. De acordo com a região do país, variam os tipos de
dança, indumentária e comida. A tônica é a fogueira, o foguetório, o milho, a
pinga, o mastro e as rezas dos santos.
INFLUÊNCIA NA
EDUCAÇÃO
Sob essa base é que
instituições educacionais promovem, em nome do ensino, as festividades juninas,
expressão que carrega consigo muito mais do que uma simples relação entre a
festa e o mês de sua realização.
Nessa época as
escolas, em nome da “cultura”, incentivam tais festas por meio de trabalhos
escolares, pesquisas, participação nas quadrilhas, barracas, etc.
Entretanto, convém
salientar a distância existente nas finalidades educacionais e as
religiosas.
Diante de tudo isso,
perguntamos: “Teria algum
problema acompanharmos nossos filhos nas festas juninas realizadas nas escolas,
quando as crianças, vestidas a caráter (de caipirinha), dançam quadrilha e se
fartam dos pratos oferecidos nessas ocasiões?”.
Como separar o
folclore da religião se ambas estão intrinsecamente ligadas?
O QUE DIZ A
BÍBLIA
O povo de Israel
abraçou os costumes das nações pagãs e foi criticado pelos profetas de Deus. A
vida de Elias é um exemplo específico do que estamos falando.
Ele desafiou o povo
de Israel a escolher entre Deus e Baal. O profeta pôs o povo à prova:
“Até quando coxeareis entre
dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal,
segui-o” (l Reis 18.21). É
claro que o contexto histórico do texto bíblico em pauta é outro, mas, como
observadores e seguidores da Palavra de Deus, devemos tomar muito cuidado para
não nos envolvermos com práticas herdadas do paganismo. Pois é muito arriscada a
mistura de costumes religiosos, impróprios à luz da Bíblia.
Para muitos cristãos,
pode parecer que a participação nessas festividades juninas não tenha nenhum
mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. É óbvio que nenhum crente
participa dessas festas com o objetivo de praticar a idolatria, mas devemos
refletir o seguinte:
As bases das festas
juninas estão fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na
mesma data ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram
as festas pelas colheitas. As festas juninas usurparam isto dos gentios, com
apenas o detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã.
Será que Deus se
agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas
desobedecem
explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra?
Se Deus rejeitou as
festas de Israel que eram dedicadas somente a Ele (Amós 5.21-23) , mas que
haviam sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não
rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas “cristã” dedicada aos
santos?
Fonte:
www.jesussite.com.br
e.vivos.com.br
Que
Deus nos dê sabedoria e discernimento nas decisões da tarefa de conduzir os
filhos nos caminhos do Senhor!
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