Grávida é internada em estado grave
A funcionária pública teve que fazer uma viagem de 500 quilômetros até Novo Hamburgo. Os filhos, gêmeos, também correm risco de vida.
Uma mulher e os bebês gêmeos dela, recém-nascidos, foram internados em estado grave em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. A sucessão estarrecedora de problemas que levou a essa situação está na reportagem de Patrícia Cavalheiro.
Na frente do hospital, o pai e a mãe de Elisiane esperam aflitos por notícias da filha e dos netos e tentam entender o drama que a família vive há três dias: “Não merecia este descaso, este desrespeito da parte daqueles que deviam zelar pela integridade, a vida das pessoas”, afirma Elísio San Martin, pai de Elisiane.
A funcionária pública de 34 anos, grávida de gêmeos, foi internada no domingo (23) no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Mas o drama dela começou na última sexta-feira: a bolsa de um dos bebês se rompeu e a família precisou encontrar vaga em um hospital especializado.
Como os bebês eram prematuros - tinham 33 semanas -, eles precisavam nascer onde houvesse uma UTI neonatal, mas o atraso na transferência da paciente agravou uma infecção que atingiu a mãe e um dos bebês.
A infecção foi diagnosticada ainda no sábado, no Hospital de Santa Vitória do Palmar, no sul do estado, onde a família mora. Como o hospital não tem uma UTI neonatal, diversos telefonemas foram dados para a Central de Regulação de Leitos de UTI da Secretaria estadual de Saúde, mas não havia vagas para os dois bebês. A procura só terminou no final da manhã de domingo.
Elisiane e a mãe dela tiveram que fazer uma viagem de mais de 500 quilômetros até Novo Hamburgo. Cerca de seis horas em uma ambulância comum e sem a presença de um médico: “A gente veio apertada, como se diz, ela veio com falta de ar, se debatendo. Mas vinha conversando comigo. Quando a gente chegou foi bem recebido, os médicos já estavam esperando ela, só que o médico me chamou e me disse: ‘Olha, mãe, ela está correndo risco de vida’”, conta Neiva dos Santos, mãe de Elisiane.
Elisiane permanece na UTI e o estado dela é grave. Os recém-nascidos Guilherme e Gustavo também correm risco. “Nós temos ali do lado UTIs, em Pelotas, e temos UTI em Rio Grande. Não havia dois leitos à disposição, porque eram gêmeos, então foi se procurar no estado. A regulação trabalha 24 horas por dia procurando atender a todas as pessoas e foi o que fez nesse caso”, explica Ciro Simoni, secretário de Saúde do Rio Grande do Sul.
A Secretaria estadual de Saúde informou também que foi oferecido ao hospital de Santa Vitória do Palmar uma UTI móvel para realizar a viagem, mas como o veículo estava em outra cidade e demoraria para chegar ao local, o hospital teria decidido usar a ambulância do município. A secretaria afirmou que vai investigar se houve falha no hospital e na central de marcação de leitos.
O Conselho Regional de Medicina vai abrir sindicância para investigar o caso. O hospital de Santa Vitória do Palmar não retornou as ligações do Jornal Nacional......esta reportagem é do Jornal Nacional...O QUAL ASSISTO SEMPRE....ME SENTI UMA VERDADEIRA BRASILEIRA FORA DO MEU PAÍS..... isso e muito mais que acontece com nossa populaçaõ nos deixa envergonhados, dos nossos politicos......devemos refletir mais sobre em quem damos o poder nas mãos.....
Nossa saúde no nosso país esta DOENTE.....
ESTOU TRISTE E ORANDO POR NOSSOS DOENTES......
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